Eu sabia que sofria de fome crônica,
dessa doença que não se percebe,
mas que fica ali, impregnada, incurável...
Eu sabia que por mais que me alimentasse de momentos
de desejos, de pensamentos, faminta eu permaneceria...
Como aplacar essa fome que consome o corpo nas noites insones??
Como controlar esse apetite de paixão e de loucura??
Como atender esse paladar apurado,
que não se contenta com o trivial variado,
e que exige a qualidade de um gourmet...
Essa fome se agigantou e gritou com a tua chegada,
percebi que há muito não me alimentava
E mendiga de uma mesa farta, me encontrei,
No tom da tua risada,
No teu silêncio perdida em pensamentos,
Na tua certeza de criarmos o pão que alimenta
Nesse encontro de reconhecimento mútuo
E me descubro, ainda faminta
Mais que nunca, faminta de você...
Autoria Alma de Loba
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